Vai especificar e comprar juntas de vedação? Preste atenção a estes critérios básicos de seleção.
Partimos sempre do pressuposto que aponta que as juntas de vedação consistem em elementos básicos responsáveis por evitar vazamentos e assim conferir mais segurança a boa parte dos processos industriais. Portanto é básico e primordial que os profissionais que atuam neste segmento estabeleçam alguns critérios antes de efetuar a compra das mesmas. O fato de serem os elementos mais econômicos das instalações, não podem tirar a importância das mesmas na prevenção de fogo, explosão, contaminação ambiental e danos à saúde das pessoas.
Ao longo deste breve artigo, portanto, traremos diferentes macetes para que você, industrial, não se perca no momento de efetuar sua negociação com uma empresa especializada neste segmento – como é o caso da Plastiveda. Conheça:
- Dureza. Partimos da base de que o material da junta tem que ser de menor dureza que os materiais que apertam ela. Isto por duas razões:
1. O elemento vedante da junta deve “fluir” para cobrir as imperfeições dos elementos que a apertam; exemplo típico os flanges.
2. Se a junta for feita de material mais duro que o equipamento na qual vai ser colocada, no momento do aperto quem vai sofrer danos será o equipamento e não a junta que é a que a gente substitui em casos como manutenção. - Memória. A junta tem que ter “memória”. A junta tem que suportar diversas condições operativas, tais como: ciclos térmicos de dilatação e compressão, pressões variáveis, vibrações, pequenos desalinhamentos por uso, etc. De maneira geral, os elastómeros (borrachas e outros) tem grande memória, o grafite expandido menos e o PTFE puro nada (PTFE expandido tem bastante).
Embora estas duas primeiras dicas aparentarem simplistas, a junta deve ser constituída de tal modo para que, quando em contato com os flanges, seu desempenho seja o melhor possível. De quebra, a “maciez” também se apresenta como uma das características responsáveis por manter o vazamento de um fluido dentro dos limites exigidos pela indústria impedindo vazamentos no decorrer do funcionamento do maquinário. Outros critérios de seleção:
- Pressão e temperatura. São variáveis básicas desde que os diversos matérias usados para vedação tem caraterísticas muito diferentes. Exemplos: O PTFE é ótimo, mas só suporta até 245°C em uso contínuo. A Junta Espiral é considerada Junta Universal, porém para altíssimas pressões vamos usar juntas RTJ.
- Compatibilidade química. Diz respeito à capacidade da junta resistir ao ataque químico do fluido a ser vedado. Ex.: De maneira geral uma junta de Papelão Hidráulico não pode ser usada em contato com solventes desde que a fibra de aramida que é o material vedante é aglomerado com borracha ou algum outro elastómero. O PTFE é o material mais resistente a ataques químicos, porém não resiste a outros produtos fluorados. Sugerimos ver a nossa tabela de compatibilidade química no nosso site.
- Saúde Humana. A grande maioria dos materiais usados na indústria tem associada uma folha de segurança que indica as quantidades máximas às que um ser humano pode ser exposto durante um determinado período de tempo. Exemplos de baixíssima admissibilidade seriam: amônia, gás cloro, benzeno.
- Impacto no Meio Ambiente. Quanto maior o perigo de contaminação devido a vazamento, melhor qualidade de junta deveremos usar.
- Fatores Físicos da instalação. Aspetos tais como: vibração, facilidade de aceso para manutenção, disponibilidade dos equipamentos para ser intervindos.
- Perigo de Incêndio ou Explosão. Quando é necessário manusear fluidos passíveis de fogo ou explosão, é necessário prestar mais atenção à vedação.
- Regulação dos Órgãos competentes. De maneira geral eles regulam as quantidades máximas de certos produtos que podem vazar.
DICA FUNDAMENTAL: Uma correta seleção dos tipos e materiais usados nas juntas de vedação ajudam significativamente na prevenção de fugas indesejadas.